Arturo é "muito velho" para viajar para o Canadá
O diretor do jardim zoológico de Mendoza, Argentina, disse à Associated Press que Arturo é "muito velho para ser sedado e mudado de localização". Gustavo Pronotto recusou a proposta do zoo de Winnipeg, no Canadá, que ofereceu a sua ajuda numa proposta de acolhimento de Arturo.
Uma petição online publicada no site Change.org pedia à presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, permissão para a mudança do já famoso urso polar para um clima mais frio.
Especialistas e ambientalitas afirmam que o urso sofre de depressão e que uma possível razão será a morte da parceira, Pelusa, vítima de cancro há cerca de dois anos.
"O Arturo mantém uma ligação próxima com os seus tratadores", disse Pronotto em declarações à Associated Press. "Só queremos que parem de aborrecer o urso", acrescentou.
Segundo a direção do zoo argentino, o painel de veterinários achou que a melhor opção será manter Arturo no mesmo local, independentemente de as temperaturas em Mendoza chegarem aos 30 graus.
Grupos ambientalistas, incluindo a Greenpeace já discutiram que é arriscado manter o urso polar naquelas condições climatéricas. O jornal britânico Daily Mail refere que o último urso polar a permanecer em Buenos Aires morreu em 2012, durante uma vaga de calor.
Fernanda Arentsen, professora da Universidade de Saint-Boniface, em Winnipeg, escreveu para o governo canadiano sobre o assunto; em declarações à agência Winnipeg Free Press, a docente contou "Consegue ver-se que está a dar em louco. Ele [Arturo] movimenta-se da mesma forma que os ursos polares fazem quando estão a sofrer de muito stress (...) Não há maneira de conseguir escapar ao calor que lá se faz sentir".
A Greenpeace reuniu cerca de 160 000 assinaturas na campanha que servia para transferir urgentemente Arturo para o Canadá, onde a organização afirma haver um clima mais próximo do seu habitat natural.